Durante um discurso para seus apoiadores em Maturin, no leste do país, Maduro declarou que, apesar de oito dos dez candidatos terem assinado o acordo pela paz na Venezuela e pelo respeito aos resultados eleitorais, González e Enrique Márquez se recusaram a fazê-lo. Maduro questionou publicamente as intenções de González, insinuando que o candidato estaria planejando denunciar fraude e tentar um golpe.
González, por sua vez, justificou sua decisão de não assinar o acordo, chamando-o de “imposição unilateral” do Conselho Nacional Eleitoral, pró-governo. O candidato também ressaltou que o reconhecimento dos resultados já havia sido acordado em 2023, durante negociações mediadas pela Noruega e com a participação dos Estados Unidos.
Além disso, González e Márquez foram alvo de perseguição política, com a prisão de 38 ativistas e a inabilitação política de 10 prefeitos da oposição, após manifestarem apoio a González. A oposição acusa o governo de Maduro de tentar minar a candidatura de González de todas as formas possíveis.
Apesar das acusações mútuas e das tensões crescentes, a campanha eleitoral na Venezuela segue em curso, com Maduro e María Corina, líder da oposição, realizando comícios em todo o país. A incerteza política e a polarização intensa marcam o cenário pré-eleitoral, enquanto o povo venezuelano aguarda ansiosamente o desfecho das próximas eleições.