Maduro acusa principal rival de planejar golpe após recusar acordo eleitoral, enquanto opositores são inabilitados politicamente por apoiarem candidato.

O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, em meio à campanha para um terceiro mandato, fez graves acusações contra seu principal rival na eleição, Edmundo González. Alegando que González estaria planejando um golpe de Estado, Maduro afirmou que seu adversário se recusou a assinar um acordo proposto pelo chavismo para respeitar os resultados eleitorais.

Durante um discurso para seus apoiadores em Maturin, no leste do país, Maduro declarou que, apesar de oito dos dez candidatos terem assinado o acordo pela paz na Venezuela e pelo respeito aos resultados eleitorais, González e Enrique Márquez se recusaram a fazê-lo. Maduro questionou publicamente as intenções de González, insinuando que o candidato estaria planejando denunciar fraude e tentar um golpe.

González, por sua vez, justificou sua decisão de não assinar o acordo, chamando-o de “imposição unilateral” do Conselho Nacional Eleitoral, pró-governo. O candidato também ressaltou que o reconhecimento dos resultados já havia sido acordado em 2023, durante negociações mediadas pela Noruega e com a participação dos Estados Unidos.

Além disso, González e Márquez foram alvo de perseguição política, com a prisão de 38 ativistas e a inabilitação política de 10 prefeitos da oposição, após manifestarem apoio a González. A oposição acusa o governo de Maduro de tentar minar a candidatura de González de todas as formas possíveis.

Apesar das acusações mútuas e das tensões crescentes, a campanha eleitoral na Venezuela segue em curso, com Maduro e María Corina, líder da oposição, realizando comícios em todo o país. A incerteza política e a polarização intensa marcam o cenário pré-eleitoral, enquanto o povo venezuelano aguarda ansiosamente o desfecho das próximas eleições.

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