A denúncia revelou que ambas as irmãs eram obrigadas a se prostituir, sendo que uma delas, de 16 anos, está grávida. Segundo relatos das vítimas, a madrasta as obrigava a manter relações com vários homens em troca de dinheiro, sendo que o valor inicialmente cobrado era de R$50 por programa, mas caiu para R$30 ao longo do tempo.
A delegada responsável pelo caso, Juliana Tuma, informou que a exploração sexual das adolescentes teve início há pelo menos cinco anos, quando ainda moravam com a madrasta e o pai em Borba, interior do Amazonas. O pai das meninas negou qualquer envolvimento nos crimes em depoimento à polícia.
As investigações seguem para apurar se houve omissão por parte do genitor. As vítimas foram retiradas da casa do pai e estão recebendo apoio médico e psicológico. Durante a prisão da madrasta, seu celular foi apreendido e nele foram encontrados materiais que comprovam os crimes. A suspeita irá responder pelos crimes de favorecimento à prostituição e ameaça.
A gravidade do caso chocou a população de Manaus e reacende a discussão sobre a proteção de crianças e adolescentes contra a exploração sexual e o tráfico humano. A Polícia Civil reforça a importância da denúncia e do combate a esses crimes que ferem a dignidade e os direitos humanos.