Com as declarações do governo americano sobre a segurança na Ucrânia, Macron acredita que é crucial que os países europeus adotem uma postura mais proativa em relação à própria defesa e segurança. O presidente francês argumentou que, apesar das incertezas geradas pelas ações de Trump, essa situação deve ser vista como um chamado à ação para a Europa. “Trump está dizendo à Europa que agora devemos assumir a responsabilidade por nós mesmos. Acredito que é exatamente isso que devemos fazer”, afirmou Macron.
Para que isso ocorra, o líder francês fez um sólido apelo para que a Europa aumente consideravelmente seus investimentos em defesa, busque um estímulo econômico robusto e promova a desregulamentação e integração de suas indústrias. Ele ainda destacou que a Europa precisa de um “despertar estratégico” para resistir às pressões externas e garantir sua segurança a longo prazo.
Essa perspectiva se torna especialmente relevante à luz das recentes afirmações de Mike Waltz, conselheiro de segurança nacional dos EUA, que afirmou que será responsabilidade dos europeus garantir a segurança da Ucrânia após o término do conflito. As implicações desse cenário são significativas, especialmente para o fortalecimento e a resiliência da União Europeia em um ambiente geopolítico cada vez mais desafiador.
A análise de Macron toca em um ponto sensível: a dependência da Europa em relação aos Estados Unidos para sua segurança e a necessidade urgente de um novo modelo de defesa que não dependa exclusivamente das diretrizes americanas. O futuro da segurança europeia pode muito bem depender da capacidade do continente de se unir e se preparar para os desafios que se avizinham. A frase de Macron sobre a necessidade de uma “sacudida”, tanto interna quanto externa, ressoa como um aviso de que a Europa deve se unir para assegurar sua soberania e segurança num mundo em rápida transformação.