Salah Abdel Shafi, embaixador palestino na Áustria e observador permanente da ONU em Viena, destacou que há indícios concretos de que mais nações estão se preparando para formalizar esse reconhecimento. Ele mencionou uma conferência marcada para o final de julho, em Nova York, que será co-presidida pela França e pela Arábia Saudita, com foco na promoção de uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestino. Segundo Shafi, a decisão da França é um “passo muito importante” e poderá incentivar outros países europeus a seguirem o mesmo caminho.
Entretanto, essa iniciativa não foi bem recebida por todos. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, expressou uma forte oposição à decisão de Macron, classificando-a como imprudente e acusando-a de favorecer a propaganda do Hamas. Rubio alertou que esse passo poderia prejudicar o processo de paz na região, especialmente considerando o contexto recente de violência. Os EUA não reconhecem o Estado da Palestina e, em 2024, vetaram a adesão plena da Palestina às Nações Unidas.
Atualmente, a Palestina já conta com o reconhecimento de 147 países, mas a posição dos Estados Unidos, um dos principais aliados de Israel, continua a ser um obstáculo significativo para o reconhecimento mais amplo da Palestina no cenário internacional.
As expectativas são altas para a conferência em Nova York, onde a comunidade internacional poderá discutir futuras movimentações em relação ao reconhecimento do Estado da Palestina. O clima é de esperança, mas o caminho ainda é árduo, especialmente diante das tensões políticas e sociais que permeiam o conflito israelo-palestino.