Macron Anuncia Reconhecimento da Palestina e Provoca Reação dos EUA; Expectativa de Novos Apoios na UE Cresce

Recentemente, o presidente francês Emmanuel Macron anunciou a intenção do governo da França de reconhecer oficialmente o Estado da Palestina em uma Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), programada para setembro. Essa declaração foi recebida com otimismo por representantes palestinos, que acreditam que a França possa abrir caminho para um aumento no reconhecimento da Palestina por outros países, especialmente entre os membros da União Europeia (UE).

Salah Abdel Shafi, embaixador palestino na Áustria e observador permanente da ONU em Viena, destacou que há indícios concretos de que mais nações estão se preparando para formalizar esse reconhecimento. Ele mencionou uma conferência marcada para o final de julho, em Nova York, que será co-presidida pela França e pela Arábia Saudita, com foco na promoção de uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestino. Segundo Shafi, a decisão da França é um “passo muito importante” e poderá incentivar outros países europeus a seguirem o mesmo caminho.

Entretanto, essa iniciativa não foi bem recebida por todos. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, expressou uma forte oposição à decisão de Macron, classificando-a como imprudente e acusando-a de favorecer a propaganda do Hamas. Rubio alertou que esse passo poderia prejudicar o processo de paz na região, especialmente considerando o contexto recente de violência. Os EUA não reconhecem o Estado da Palestina e, em 2024, vetaram a adesão plena da Palestina às Nações Unidas.

Atualmente, a Palestina já conta com o reconhecimento de 147 países, mas a posição dos Estados Unidos, um dos principais aliados de Israel, continua a ser um obstáculo significativo para o reconhecimento mais amplo da Palestina no cenário internacional.

As expectativas são altas para a conferência em Nova York, onde a comunidade internacional poderá discutir futuras movimentações em relação ao reconhecimento do Estado da Palestina. O clima é de esperança, mas o caminho ainda é árduo, especialmente diante das tensões políticas e sociais que permeiam o conflito israelo-palestino.

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