O presidente francês reconhece que a baixa produtividade na Europa não pode ser ignorada na análise do cenário atual. Ele sugere que a UE deve adotar um novo paradigma, centrado na competitividade e na inovação. Da mesma forma, segundo Macron, a China também tem um papel a desempenhar, ajustando seus desequilíbrios internos e seus fluxos de investimento. Ele acredita que há um vasto potencial para a cooperação em áreas como energia limpa e serviços, fatores que poderiam beneficiar ambas as partes.
Entretanto, especialistas chineses apontam que o déficit europeu é consequência de um conjunto de fatores estruturais e globais que incluem a perda de competitividade da indústria europeia e os altos custos de energia. Eles advogam que um caminho viável para solucionar as tensões comerciais é aumentar os investimentos chineses na Europa e fortalecer a colaboração tecnológica.
Recentemente, durante uma visita à China, Macron também enfatizou o interesse francês em intensificar os investimentos e a cooperação econômica entre os dois blocos. Essa evolução nas relações bilaterais é vista como uma tentativa de Macron de balancear pragmatismo e cautela, considerando as pressões internas e a segurança da competitividade da UE.
A análise desses movimentos revela que, embora existam divergências consideráveis entre as partes, o diálogo e a integração tecnológica são apontados como soluções promissoras para futuros desequilíbrios. Por sua parte, a China manifestou disposição em aprofundar a coordenação estratégica com a França, a fim de fortalecer as relações entre a UE e Pequim, além de apoiar iniciativas multilaterais.









