Macron Adverte China: Tarifas da União Europeia Poderão Ser Impostas Se País Não Resolver Déficit Comercial em Breve

O presidente francês, Emmanuel Macron, reforçou sua posição em um contexto de crescente tensão comercial entre a União Europeia e a China. Em uma entrevista publicada neste domingo, Macron alertou que, caso o governo de Xi Jinping não tome medidas no sentido de reduzir o déficit comercial que a China mantém com a Europa, a UE poderá implementar tarifas semelhantes às que os Estados Unidos aplicaram sobre produtos chineses.

De acordo com Macron, o governo chinês tem um prazo nos próximos meses para atuar e evitar um “tarifaço” que poderia impactar significativamente as trocas comerciais entre as potências. Durante a entrevista, ele expressou a necessidade de soluções que não envolvam medidas drásticas, mas frisou que, se a situação permanecer inalterada, a resposta da Europa será rigorosa. “Se eles [a China] não reagirem, nós, europeus, seremos forçados a tomar medidas drásticas”, enfatizou Macron.

Além de afirmar que a França já iniciou discussões sobre o tema com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, Macron ainda manifestou uma postura otimista quanto à possibilidade de resolver a disputa comercial de forma amistosa. Ele ressaltou que, apesar das tensões, é crucial buscar um caminho de negociação que favoreça ambas as partes. Essa abordagem diplomática vem pouco tempo após uma reunião entre Macron e Xi Jinping, na qual foram abordadas questões bilaterais e a importância do comércio justo.

A declaração de Macron reflete a complexidade da relação comercial entre a Europa e a China, marcada por interesses econômicos significativos e desafios que incluem a questão das tarifas e a balança comercial negativa em alguns setores. O pronunciamento ocorre em um cenário no qual a União Europeia observa atentamente as ações de Pequim, buscando ativamente proteger seus interesses econômicos diante de um panorama global em constante mudança. A expectativa é que a diplomacia prevaleça, mas as advertências de Macron indicam que medidas punitivas não estão descartadas caso a China não se posicione proativamente.

Sair da versão mobile