Os animais apresentavam lesões compatíveis com esporotricose, uma doença fúngica causada pelo Sporothrix, que vive em solos e materiais orgânicos. Devido ao hábito dos felinos de escavar a terra, eles acabam sendo os principais afetados. A esporotricose é uma zoonose que pode ser transmitida ao ser humano através de contato direto com feridas, lambidas, mordidas ou arranhões dos animais infectados.
Uma vistoria preliminar foi realizada na segunda-feira (14) pela equipe da UVZ, logo após a denúncia. Durante a inspeção, foram identificados felinos possivelmente doentes e coletadas amostras para diagnósticos mais precisos. Simultaneamente, a equipe orientou os moradores locais sobre zoonoses e o papel fundamental da UVZ na prevenção e controle dessas doenças.
Após a confirmação dos casos de esporotricose, a equipe voltou ao local para capturar os animais doentes e proceder com a vacinação, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde que, neste ano, estabeleceu a notificação compulsória da doença. Essas ações visam proteger a saúde comunitária e mitigar riscos de transmissão.
O chefe especial da UVZ, Mailan Maia, reforça a importância de alertar imediatamente as autoridades ao flagrar animais com sinais de zoonoses. “Nossa unidade está sempre ativa para atender e controlar essas doenças. É crucial não medicar nem abandonar os animais suspeitos, mas sim isolá-los até a chegada de profissionais capacitados”, orienta Maia.
A esporotricose, destacada pela sua transmissão a partir de solos contaminados, pode causar infecções cutâneas em animais e humanos, necessitando de tratamento com antifúngicos para evitar complicações mais graves. A UVZ de Maceió continua a se empenhar na proteção da saúde pública, integrando ações educativas e sanitárias em toda a comunidade.