Com uma nota quase perfeita de 49,9, o Reviver destacou-se especialmente pelo uso de figurinos, um diferencial em um empate acirrado. A performance intitulada “Simplesmente Rosas” prestou uma tocante homenagem a Dona Rosiana, matriarca que acompanha o grupo há mais de 25 anos, e a mestra Rosália, símbolo do coco em Alagoas. Além de ser um tributo à comunidade de Bebedouro, a apresentação trouxe à tona as dificuldades enfrentadas por essa região, marcada pelos efeitos devastadores da mineração.
O presidente do grupo, Roberto Calheiros, descreveu a vitória como um testemunho da dedicação e do amor investido no trabalho, louvando a resistência cultural de Bebedouro. A escolha de homenagear Dona Rosiana surgiu de um momento espontâneo durante uma conversa entre amigos, reforçando os laços afetivos que sustentam o grupo.
Desde dezembro de 2024, o Reviver mergulhou em ensaios árduos, preparando-se para entregar uma apresentação impecável. Roberto destacou a importância do apoio coletivo, agradecendo o Instituto Ouro Preto, que cedeu espaço para os ensaios do grupo, e reafirmou que este triunfo pertence a todos os envolvidos na jornada.
O concurso de 2025 evidenciou um nível altíssimo de talento e dedicação, com o grupo Babaçu também alcançando a nota 49,9, mas perdendo no critério de desempate de figurino. Em terceiro lugar, ficou o Tentação, seguido por Reis do Cangaço, Paixão Nordestina, Los Coquitos e Evolução.
Para Myriel Neto, presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural, o evento ultrapassa a esfera competitiva, sendo uma celebração da identidade cultural maceioense. Ele destacou o empenho da FMAC em oferecer suporte e visibilidade aos grupos, garantindo a continuidade dessa expressiva manifestação artística que encanta gerações.
A edição de 2025 reafirma o compromisso da Prefeitura de Maceió com a valorização das tradições locais e o fortalecimento das expressões culturais que definem a capital alagoana.