Durante a capacitação, os representantes dos estabelecimentos participaram de palestras ministradas por especialistas e técnicos que atuam na defesa dos direitos das mulheres. Uma das palestrantes foi a Promotora de Justiça de Alagoas, Karla Padilha, que abordou temas como os tipos de crimes sexuais, as ações penais cabíveis e como reconhecer situações de assédio.
A iniciativa visa capacitar os funcionários desses estabelecimentos para acolher de forma humanizada as vítimas de assédio sexual nos locais. O protocolo “No Callem”, pioneiramente aplicado em Maceió desde 2022 e posteriormente transformado na Lei Federal n° 14.786/2023, conhecida como “Não é Não”, tem se mostrado eficaz nesse combate.
A secretária da Mulher, Pessoas com Deficiência, Idosos e Cidadania, Ana Paula Mendes, ressaltou que as capacitações são gratuitas e que todo o material necessário é disponibilizado aos estabelecimentos. Além disso, após a participação na capacitação, os locais recebem o selo da campanha, atestando o compromisso com a segurança das mulheres.
Proprietários de estabelecimentos como João Gabriel, dono de um Beach Club na capital, reconhecem a importância dessas iniciativas. Para ele, a cultura de combate ao assédio precisa ser implementada de forma coletiva, envolvendo toda a sociedade.
O programa Maceió sem Assédio também pretende expandir a implementação do protocolo para outros tipos de estabelecimentos na cidade. A vice-presidente do Conselho Regional de Educação Física da 19° região, Walquiria Ramalho, destaca a necessidade de levar essa política de combate ao assédio e acolhimento humanizado para academias e locais esportivos.
Além das capacitações, o Maceió sem Assédio oferece apoio humanizado às mulheres em eventos públicos, como o São João Maceió e o Verão Massayó. A iniciativa visa promover um ambiente mais seguro e respeitoso para as mulheres na cidade.