O episódio, conhecido como Quebra de Xangô ou Quebra de 1912, foi um momento de diáspora religiosa que resistiu à opressão cotidiana. Os principais terreiros de Maceió foram invadidos, depredados e queimados, com líderes e pais de santo dos cultos afros sendo agredidos. Tia Marcelina, uma mãe de santo muito conhecida à época, resistiu à invasão de seu terreiro e acabou falecendo meses depois devido aos graves ferimentos sofridos.
A Prefeitura de Maceió, por meio do Comitê Municipal de Promoção da Igualdade Racial, relembra a data e reforça o compromisso em combater a intolerância religiosa e o racismo. Arísia Barros enfatiza que a gestão está quebrando o silêncio sobre esses eventos, dando visibilidade ao processo e criando um diálogo necessário para discutir de forma efetiva o racismo e a intolerância, transformando-os em políticas públicas.
Arísia também destacou que a capital está articulando diferentes saberes, visando a construção da concepção da Cidade Antirracista, ou seja, uma Maceió sem racismo. Além disso, reforçou que a Prefeitura aceitou o desafio de discutir, desenvolver atividades e promover o debate sobre essas questões.
É importante mencionar que o Comitê Municipal de Promoção da Igualdade Racial é vinculado à Secretaria Municipal da Mulher, Pessoas com Deficiência, Idosos e Cidadania (Semuc), demonstrando o compromisso do poder público local com a promoção da igualdade racial e o combate à intolerância religiosa.
Em resumo, o Quebra de Xangô é um evento histórico que deixou marcas profundas na comunidade afro-brasileira de Maceió. Relembrar essa data é fundamental para compreender as lutas do passado e evitar que situações semelhantes voltem a acontecer no presente e no futuro. A Prefeitura de Maceió mostra seu compromisso em combater o racismo e a intolerância, construindo uma cidade mais justa e igualitária para todos os seus cidadãos.