O planejamento das faixas verdes parte do entendimento de que, eventualmente, todos são pedestres em cenários urbanos. Essa perspectiva é fundamentada por orientações do Guia Global de Desenho de Ruas, um documento crucial para delinear os contornos desse projeto. Além disso, o Art. 24 do Código de Trânsito Brasileiro respalda a redução de veículos no perímetro urbano, visando a diminuição da emissão de poluentes e a promoção de um ambiente mais inclusivo e seguro para o tráfego de pedestres e ciclistas.
Casos internacionais, como os observados na Dinamarca e Alemanha, e nacionais, como em São Paulo, ilustram o sucesso de requalificações urbanas semelhantes. A Rua Joel Carlos Borges, no Brooklin, é um exemplo concreto da adaptação bem-sucedida para receber fluxos intensos de pedestres, reforçando a importância de modelos de ruas adaptados para o movimento contínuo e seguro de pessoas.
Em Maceió, o desenho das faixas verdes começou pela orla de Ponta Verde, proporcionando acessibilidade aos cadeirantes e a diversos outros usuários, complementando espaços já existentes como a ciclofaixa do Torcedor e a Faixa Compartilhada na Gruta de Lourdes. A cidade, visando a inclusão e o incentivo ao uso de transportes não motorizados, disponibiliza também uma alternativa de transporte público eficiente, embora os serviços de ônibus municipais não passem pela Avenida Silvio Carlos Viana ou Rua Dr. Antônio Gouveia. Durante o período festivo de final de ano, a operação Free Tour Natal de Todos Nós se destaca, oferecendo gratuidade no roteiro que cobre a orla inteira, assegurando acesso público e gratuito a essa região esplendorosa.
Tal iniciativa consolida-se não só como um projeto de melhoria da infraestrutura urbana, mas também como um passo significativo em direção a uma cidade mais sustentável e inclusiva. Esse esforço coletivo do DMTT simboliza um novo capítulo para Maceió, em linha com as tendências globais por cidades mais verdes e acessíveis.