O letramento racial, explicado pela coordenadora, é um processo contínuo de educação e conscientização destinado a capacitar as pessoas a identificar, questionar e desconstruir práticas racistas. Este evento tornou-se ainda mais simbólico por ocorrer durante o mês da Consciência Negra, momento dedicado à reflexão e celebração das contribuições e desafios enfrentados pela comunidade negra no Brasil.
Sarah Nunes, secretária da Mulher, Pessoas com Deficiência, Idosos e Cidadania de Maceió, ressaltou a importância deste aprendizado constante. “Cada dia nos traz lições novas sobre como melhor interagir e contribuir para uma sociedade diversa”, afirmou, enfatizando a relevância do compromisso coletivo no combate ao racismo.
Durante o encontro, discutiram-se os fundamentos essenciais do letramento racial, como o reconhecimento dos privilégios associados à branquitude, a interpretação de códigos e práticas racializadas, e a importância de compreender que as identidades raciais são socialmente construídas.
O letramento racial não é apenas um esforço teórico, mas uma prática ativa que busca transformar realidades. Dessa forma, o comitê se compromete a implementar políticas antirracistas que promovam um redesenho das estruturas institucionais, usando a colaboração e expertise de diversas frentes para monitorar e aprimorar medidas de promoção da igualdade racial.
Este movimento fortalece a rede institucional dedicada à luta contra o racismo em Maceió, incentivando uma reflexão constante e necessária sobre as práticas diárias que reproduzem a discriminação. O comprometimento do comitê em fomentar esse debate e formar cidadãos mais conscientes reafirma o papel fundamental das políticas públicas na transformação estrutural da sociedade em direção à igualdade racial.