Conforme informações do Ministério Público, a sobremesa teria sido preparada intencionalmente com veneno pela sua própria filha, numa tentativa chocante e cruel de pôr fim à vida da mãe. Logo após o consumo, Silvânia começou a passar mal e foi rapidamente socorrida para o Hospital Geral do Estado (HGE). No entanto, apesar dos esforços das equipes médicas, ela não conseguiu se recuperar e permanece em um estado de saúde crítico desde então, sem possibilidades de recobrar sua vida normal.
O pano de fundo desta tragédia se adensa ainda mais com a suspeita da acusada ter algum envolvimento nas mortes de seus dois filhos pequenos, ocorridas entre 2016 e 2021. As mortes das crianças, a menina Kyara Kethelen, de apenas 1 ano, em 2016, e do menino Ícaro Kaique, de 3 anos, em 2021, levantaram suspeitas de circunstâncias semelhantes e altamente suspeitas, aumentando a tensão e o interesse pelo caso.
O promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, da 9ª Promotoria de Justiça da capital alagoana, atuará como acusador no julgamento. Ele pretende evidenciar a natureza duplamente qualificada da tentativa de homicídio, citando que o ato foi motivado por motivos torpes e executado por meio de engano e dissimulação – um modus operandi insidioso. O julgamento promete trazer à luz detalhes de um caso que guarda profundas cicatrizes emocionais e familiares, mobilizando a comunidade em busca de justiça.