O processo de revisão do Plano Diretor foi dividido em duas etapas significativas: a primeira envolveu oficinas temáticas que aconteceram em três finais de semana consecutivos. Nesses encontros, foram abordados temas cruciais como mudanças climáticas, direito à cidade e reestruturação da paisagem urbana. Esse esforço contou com a participação de 1.106 inscritos, cobrindo 80% dos bairros de Maceió, e gerou um total de 1.160 contribuições que ajudaram a mapear desafios e potencialidades do município.
A segunda etapa ocorreu durante uma oficina de quatro dias, onde se discutiram diretrizes práticas para questões urbanas como mobilidade, requalificação urbana, saneamento ambiental, turismo, meio ambiente, além do uso e ocupação do solo. Este esforço resultou em 572 contribuições significativas. Para embasar o planejamento, o Iplan desenvolveu e divulgou quatro cadernos chave: Caderno de Leitura Técnica, de Leitura Comunitária, de Proposições Comunitárias e Técnicas. Esses documentos compilam análises técnicas e percepções comunitárias, assegurando que o processo considere tanto o conhecimento especializado quanto as necessidades reais da população.
Esforços para promover a inclusão também foram evidentes, com interpretação de Libras e recursos de audiodescrição disponíveis durante as oficinas. Todas as informações detalhadas sobre o plano foram acessíveis ao público via o site oficial do projeto.
O Plano de Gestão Integrada da Orla (PGI), aprovado em audiência pública após um ano de consultas e debates, surge como outro ponto alto. Este plano propõe organizar atividades na orla marítima, impulsionando o turismo sustentável e melhorando a qualidade de vida dos residentes.
No campo da urbanização e desenvolvimento econômico social, Maceió se destacou com a Feira Negócio da Grota, que funciona como uma plataforma para empoderar empreendedores das áreas periféricas da cidade. O projeto Grota no Grau visa revitalizar essas regiões através de práticas sustentáveis e inclusão social.
O Iplan tem investido na valorização de espaços culturais e urbanos mediante obras que revitalizaram importantes áreas públicas, como o Boulevard São Gonçalo e a Praça Lions. A Rua Santa Sofia, agora repaginada como um espaço cultural para pedestres, é símbolo dessa transformação, recebendo intervenções artísticas que revitalizaram a área.
Maceió também se faz presente e leva o nome de Alagoas para eventos internacionais de urbanismo e inovação. Ocasiões como o 12º Fórum Urbano Mundial no Egito e participações no G20 ilustram o papel crescente da cidade no cenário global, destacando-se como referência em dados abertos e sustentabilidade. Essas realizações foram reconhecidas no evento Connected Smart Cities & Mobility 2024, em São Paulo, onde a cidade recebeu a cobiçada certificação Selo Ouro. A participação em fóruns globais e a presença em reuniões como a do G20 reforçam sua reputação como um dos polos de debate e inovação urbana no Brasil.