O implante em questão contém o hormônio etonogestrel, que é produzido em laboratório e atua de maneira semelhante à progesterona, hormônio que desempenha um papel crucial no sistema reprodutor feminino. Com dimensões modestas de 4 cm por 2 mm, o implante é inserido sob a pele do braço e libera de forma contínua pequenas quantidades de etonogestrel na corrente sanguínea. Essa liberação hormonal tem a função de inibir a ovulação e alterar a consistência do muco cervical, o que dificulta a passagem dos espermatozoides e, portanto, reduz as chances de fertilização.
Para esse primeiro ciclo do projeto, foram investidos aproximadamente R$ 70 mil, recursos destinados à aquisição dos implantes. A coordenadora do Consultório na Rua, Jorgina Sales, ressaltou a importância dessa intervenção, especialmente para grupos que enfrentam barreiras sociais e econômicas que dificultam a utilização de métodos contraceptivos tradicionais. Durante o processo, as mulheres passaram por uma avaliação clínica, que incluiu sessões de esclarecimento sobre a técnica, garantindo que estivessem bem informadas antes de optar pelo implante.
Além disso, os médicos envolvidos no projeto receberam treinamento específico da empresa fabricante do implante, permitindo a oferta desse procedimento a novas usuárias. Essa ação não apenas representa um avanço significativo na saúde pública, mas também destaca a importância de iniciativas que buscam oferecer melhores condições de saúde e planejamento familiar para populações vulneráveis. O projeto é um passo importante na busca por saúde reprodutiva e melhoria da qualidade de vida dessas mulheres.