Durante o período de três meses, os estudantes se dedicaram a aprender e aperfeiçoar tanto as técnicas de ataque e defesa da capoeira quanto coreografias elaboradas. Um aspecto crucial do projeto é a introdução e a familiarização dos alunos com a cultura afro-brasileira, complementando as lições com a dança do Makulele. Mestre Claúdio dos Palmares, coordenador da iniciativa, ressalta como a capoeira transcende suas raízes esportivas para se afirmar como um forte instrumento educativo, contribuindo para o cumprimento da Lei 10.639/03, que prevê o ensino da história e cultura afro-brasileiras nas escolas. O projeto propicia, assim, o letramento racial e a valorização das identidades culturais e étnicas das crianças, ao mesmo tempo que fomenta um espaço para a cultura local.
A importância prática e simbólica do festival foi destacada por Cícero Virgulino da Silva, presidente da Federação Alagoana de Capoeira e mestre na Escola Municipal Tradutor João Sampaio. Ele expressou sua gratidão e parabenizou os mestres, a equipe de coordenação e a Semed por materializar um evento de tamanha relevância para a capoeira. Alunas como Ana Clara e Nicole, do 8º ano da Escola Tradutor João Sampaio, compartilharam suas experiências enriquecedoras no projeto. Ana Clara destacou o desenvolvimento de sua coordenação motora e o apreço florescente pela capoeira, enquanto Nicole celebrou a oportunidade de aprender sobre os movimentos e cultura deste esporte.
A coordenadora de Educação Integral da Semed, Claudiane Pimentel, reforçou a importância da capoeira não apenas para o desenvolvimento físico das crianças, mas também para sua formação cultural. Através do projeto, as crianças têm a oportunidade de se aproximarem da cultura local e de Maceió, além de adquirirem consciência racial e apreciação pela identidade cultural própria. Claudiane enfatiza o empenho da Semed em atuar de forma didática e pedagógica no letramento racial, cultivando identidade e pertencimento entre os alunos.
