Na cidade de Maceió, histórias de vida e dedicação se fundem nas experiências de professoras como Veralucia Felismino. Aos 65 anos, Veralucia é um exemplo de superação e amor pela educação. Proveniente de um lar de pais analfabetos em meio às limitações de uma usina, ela enfrentou barreiras como a impossibilidade de matrícula na escola na primeira tentativa. No entanto, sua paixão pela leitura e determinação fizeram-na persistir. Após se formar em Geografia e ingressar na rede municipal através de concurso, Veralucia hoje colabora na Gestão Educacional, supervisando 18 escolas, ao lado de outras dez mulheres. Para ela, a educação conduzida por mulheres manifesta um olhar sensível e empático essencial para o ensino.
A trajetória de Maria de Fátima Moura aos 72 anos confirma que o ato de ensinar transcende a necessidade financeira. Iniciando sua carreira em 1975 e integrando a rede municipal em 2001, Maria de Fátima continua a exercer a profissão apesar de já ter completado o tempo necessário para aposentadoria. O reconhecimento e gratidão de ex-alunos, segundo ela, são a maior recompensa de sua carreira. A sua abordagem materna e atenciosa inspira confiança e cria um ambiente de conforto para os alunos.
Neide Barbosa, com seu caminho traçado há mais de duas décadas na educação, ilustra como essa carreira se torna uma paixão. Ela lidera o Programa Dinheiro Direto na Escola, destacando a importância de um ambiente acolhedor proporcionado pelo olhar feminino na educação. Já Cláudia dos Santos, apesar de ter trilhado caminhos diferentes antes de se apaixonar pela Pedagogia, enfatiza a multifuncionalidade da mulher enquanto professora e gestora, seja dentro ou fora da sala de aula. Para Cláudia, o 8 de março deve ser um lembrete das lutas e das conquistas das mulheres.
Finalmente, Walkiria Oliveira e Luciane Canuto, que ocupam cargos de vice-diretora e diretora, respectivamente, evidenciam como a educação para elas é mais que uma profissão; é uma missão voltada para o desenvolvimento integral dos alunos. Nas aulas e fora delas, o toque feminino pode ser o diferencial que leva a educação a novas fronteiras de empatia e conexão. Dessa forma, reconhecer o valor das mulheres na educação não é apenas celebrar um dia especial, mas reconhecer diariamente o impacto que elas têm na construção de um mundo melhor.