MACEIÓ – Concessionária de Saneamento é Flagrada em Ligação Clandestina de Esgoto para o Mar em Maceió

A Operação Línguas Sujas, implementada recentemente pelas Secretarias Municipais de Infraestrutura (Seminfra) e de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) em Maceió, desvendou uma situação alarmante na Avenida Dr. José Sampaio Luz, localizada no bairro da Ponta Verde. Sob os holofotes das investigações esteve a concessionária BRK Ambiental, responsável pelo fornecimento de saneamento na região. A companhia foi surpreendida ao ser identificada como autora de uma ligação clandestina de esgoto diretamente na rede de drenagem pluvial da cidade.

Esse tipo de irregularidade não passou despercebido graças à tecnologia empregada pela equipe investigativa. Usando um robô de inspeção, além de testes com corante, as autoridades puderam confirmar a atividade ilícita. Conforme os resultados técnicos das análises, a conexão clandestina operava há, impressionantemente, 15 anos. Durante esse longo período, esgoto era continuamente despejado na rede de drenagem que culmina no oceano, colocando em risco ambiental significativo a região marinha e sua biodiversidade.

A descoberta traz à tona preocupações profundas, não só pelo impacto ambiental direto, como também pelos riscos à saúde pública. Turistas e moradores são os principais prejudicados, lidando com potenciais problemas de contaminação que podem afetar a balneabilidade de um dos cartões-postais de Maceió: suas belas praias.

Ao identificar a violação, a Semurb não hesitou em emitir autos de infração contra a BRK Ambiental, exigindo resposta às responsabilidades pelas consequências ambientais do ato. Simultaneamente, as ações de Seminfra foram incisivas ao determinar o fechamento imediato da ligação clandestina, interrompendo o fluxo irregular e fortalecendo o cumprimento legal.

A legislação local é clara quanto a esse tipo de infração, enquadrando-se no que o Código Municipal de Meio Ambiente define como proibido. Mais amplamente, a irregularidade também configura crime ambiental conforme estipulado pela Lei Nº 4.548/96. Não há dúvida de que práticas como essa contribuem para a deterioração das condições de conservação marinha, fundamental para a economia turística e o equilíbrio ecológico local.

A sociedade agora aguarda ações corretivas e preventivas mais vigorosas que impeçam novas ocorrências, reforçando a importância da manutenção de padrões que respeitem a legislação ambiental e protejam o meio ambiente. Com maior vigilância e compromisso de todas as partes envolvidas, Maceió pode continuar a se firmar como um destino turístico sustentável e seguro.

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