Nesse cenário desolador, treze agentes da Defesa Civil de Maceió chegaram ao estado com uma missão clara: prestar apoio técnico e humano aos que haviam perdido tudo. Durante dez dias intensos, a equipe percorreu nove municípios críticos, incluindo Muçum, Roca Sales e Lajeado. Utilizando drones, mapearam áreas de risco, facilitando o planejamento de rotas para recuperação e auxílio.
Dayanne Alexandre, uma das pilotos de drone, recorda o impacto emocional da missão. Enfrentando condições adversas, como climas instáveis e acessos bloqueados, ela relata o poder das histórias humanas. “Conversar com famílias que perderam tudo e ainda encontravam força foi comovente”, diz ela.
Em terra, o engenheiro Júlio Normande testemunhou de perto a destruição das estruturas e a força incrível de uma comunidade resiliente. Ele destaca a solidariedade como chave para a reconstrução. “A verdadeira reconstrução está na união das pessoas. A solidariedade e o espírito coletivo são nossas maiores esperanças”, afirma Normande.
O trabalho da equipe foi vital não apenas em termos logísticos, mas também na orientação às prefeituras para acessar recursos federais por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres. Abelardo Nobre, coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió, enfatiza a importância desta missão liderada pelo conhecimento técnico especializado da equipe, agora parte do Grupo de Apoio a Desastres.
Em meio ao caos, o legado dessa missão transcendeu os registros oficiais, deixando uma marca profunda de empatia e dedicação nos corações de todos os envolvidos. A devastação encontrou contraponto na solidariedade e na persistente vontade humana de recomeçar.