MACEIÓ – Abrigo para pessoas em situação de rua em Maceió oferece estrutura mínima e precária para os acolhidos durante temporais.

O antigo Albergue Municipal, agora denominado Serviço de Acolhimento Manoel Coelho Neto, não passa de uma solução paliativa e insuficiente para lidar com a questão dos moradores de rua em Maceió. O novo endereço pode até parecer mais confortável, mas a realidade é que a situação precária em que vivem os acolhidos não se resolve com apenas um abrigo físico.

A capacidade para acolher apenas 50 pessoas é um reflexo da falta de investimento e comprometimento das autoridades em lidar com a população em situação de rua. Além disso, o abrigo funciona apenas como um local para dormir, não oferecendo um programa efetivo de recuperação e reinserção social.

A oferta de assistência prestada pela unidade de acolhimento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social é mínima, limitando-se à alimentação e higienização básica dos acolhidos. Os encaminhamentos para a retirada de documentos e agendamento de consultas médicas são apenas paliativos, não resolvendo efetivamente os problemas estruturais que levaram essas pessoas a viver nas ruas.

As atividades educativas e de lazer oferecidas são insuficientes para promover a reintegração social dos acolhidos, que muitas vezes enfrentam questões de saúde mental e dependência química. A equipe multidisciplinar formada por educadores sociais, psicólogos e assistentes sociais parece não ser capaz de lidar de forma eficaz com a complexidade das situações enfrentadas pelos moradores de rua.

Em resumo, o novo endereço do Serviço de Acolhimento Manoel Coelho Neto pode até trazer uma aparência de conforto, mas a realidade é que a falta de investimento e de um programa efetivo de reinserção social tornam essa iniciativa pouco eficaz na resolução do problema da população em situação de rua em Maceió. Sendo assim, é evidente que muito mais precisa ser feito para lidar adequadamente com essa questão tão urgente e delicada.

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