Arísia Barros, ativista e coordenadora do Instituto Raízes da África, foi uma figura central na condução das discussões. Em suas palavras, eventos dessa natureza são primordiais para revisitar e dar voz às histórias das periferias, além de oportunizar um aprendizado substancial sobre o racismo contemporâneo e a herança da escravatura. Ela destacou a necessidade de manter o tema em debate durante o ano inteiro, superando a tendência de focar apenas nos meses de maio e novembro.
Edivânia Gatto, líder do Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas, explicou que o coletivo nasceu para capacitar mulheres da periferia, muitas das quais vivem sob o peso da violência doméstica e da dependência financeira. O coletivo oferece não só eventos de conscientização, mas também suporte psicológico e cursos variados para promover o empreendedorismo e a autonomia financeira.
O evento culminou em uma roda de capoeira liderada pelo mestre Marcos e o professor Feijão, do Grupo de Capoeira Filhos de Angola. A celebração foi acompanhada por uma farta distribuição de frutas e feijoada, reforçando a rica conexão cultural entre Brasil e África. A Prefeitura de Maceió contribuiu com infraestrutura e apoio logístico, assegurando o sucesso do evento e sublinhando a importância de políticas públicas no combate ao racismo e na promoção da igualdade.