De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os setores que permaneceram com a folha desonerada tiveram um crescimento de empregos de 15,5% de 2018 a 2022, enquanto os que foram reonerados cresceram apenas 6,8% no mesmo período. Além disso, houve aumento dos salários dos trabalhadores nas áreas que contaram com a desoneração.
A desoneração da folha substitui a contribuição previdenciária patronal por alíquotas sobre a receita bruta, reduzindo custos com contratações para diversas atividades intensivas em mão de obra. Se o veto do presidente não for derrubado, a medida terminaria no fim deste ano.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pretende pautar a análise do veto no plenário da Casa antes do fim do ano, afirmando que a medida tem um efeito “muito positivo” na criação de empregos. Manifestações de parlamentares indicam que há o interesse de derrubar o veto de Lula.
Por sua vez, o ministro Haddad, que está em viagem com o presidente Lula para a cúpula sobre o clima COP28, tem afirmado que apresentará uma alternativa à desoneração e pediu aos parlamentares que aguardem essa proposta Governo antes de analisarem o veto.
Além disso, deputados e senadores de onze frentes parlamentares lançaram um manifesto pela derrubada do veto, alegando que a desoneração tem sido fundamental para a manutenção e geração de empregos em setores chave da economia. As frentes reúnem pelo menos 400 parlamentares e vão orientar suas bancadas para que derrubem o veto, esperando que a sessão do Congresso para analisá-lo aconteça até a segunda quinzena de dezembro.