Em contrapartida, Lula manifestou seu apoio e torcida pela candidata democrata Kamala Harris, o que poderia criar um clima ainda mais hostil entre ele e Trump. Diante desse cenário, a possibilidade de um telefonema cordial entre os dois líderes parece remota.
No entanto, caso Lula decida não reconhecer a vitória de Trump e se negar a cumprimentá-lo, estaria repetindo o comportamento de Jair Bolsonaro em 2020, quando o presidente brasileiro levou mais de um mês para reconhecer a vitória de Joe Biden, gerando controvérsias e alimentando as teorias infundadas de fraude eleitoral propagadas por Trump.
Por outro lado, fontes do Itamaraty revelaram que a orientação ao presidente é que ele cumprimente o vencedor das eleições americanas tão logo seja anunciado o resultado, independentemente de quem seja o vencedor. Essa postura visa manter as relações diplomáticas do Brasil com os Estados Unidos e evitar possíveis atritos decorrentes de uma posição controversa.
Diante desse contexto, Lula se encontra em uma encruzilhada política, tendo que equilibrar suas convicções ideológicas com a necessidade de manter uma postura diplomática e respeitosa no âmbito internacional. A decisão de cumprimentar ou não Donald Trump após as eleições será crucial para o futuro das relações entre ambos os países e para a imagem do ex-presidente brasileiro perante a comunidade internacional.