O presidente também abordou a atual configuração do cenário político, enfatizando o aumento da complexidade frente à oposição que se fortaleceu nos últimos anos. Ele mencionou que, enquanto no passado era mais fácil enfrentar a extrema direita, hoje a situação é alarmante, especialmente com a ascensão de discursos que promovem a defesa de figuras controversas, como o general Ustra, e que atacam grupos marginalizados, como mulheres, negros e sindicalistas. Para Lula, o compromisso com a defesa da democracia se torna ainda mais crucial neste contexto desafiador.
Além disso, Lula destacou a importância de o PT adotar uma estratégia clara e robusta nas eleições legislativas de 2026, especialmente no que diz respeito à disputa pelo Senado. Ele alertou para o alerta de que, caso a direita consiga eleger um número significativo de senadores, poderá conquistar a maioria na Casa. Isso, segundo ele, teria consequências severas, como a possibilidade de pautas de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal se a oposição se consolidar.
Em seu discurso, o presidente também fez uma crítica interna ao partido. Ele observou que não é incomum dirigentes lançarem candidaturas sem a devida viabilidade e a ausência de uma estratégia clara por trás delas. Para Lula, é essencial que a legenda faça uma análise cuidadosa sobre os candidatos, considerando tanto suas chances de sucesso quanto a viabilidade de alianças. “Não dá pra disputar só por disputar”, alertou, reforçando a necessidade de uma abordagem responsável para as próximas eleições. Esse chamado à ação e à reflexão é um indicativo de que o PT, sob sua liderança, busca não apenas a participação, mas uma participação efetiva e vencedora no futuro político do Brasil.