Durante o encontro, Paes destacou que Lula, apesar de ser vascaíno, possui simpatia pela causa do estádio do Flamengo, e a entrada do presidente na história foi fundamental para evitar uma possível guerra judicial. O prefeito afirmou que foram feitos esclarecimentos necessários ao presidente da República, que se mostrou receptivo à busca de uma solução para o impasse.
Paes também ressaltou que, respeitando a legislação e os direitos envolvidos, a intenção é encontrar uma solução pacífica para o caso, a fim de evitar conflitos legais. Ele informou que encaminhou informações sobre as dúvidas existentes em relação à desapropriação da área e que haverá uma reunião de conciliação entre prefeitura e governo federal na próxima quinta-feira.
O terreno onde está prevista a construção do estádio foi desapropriado em junho, com destinação específica para a obra esportiva. O Flamengo arrematou o terreno em um leilão por R$ 138 milhões, após várias tentativas de acordo com a Caixa Econômica Federal, que administra o fundo de investimento onde a área estava inserida. A Caixa tentou impedir o leilão na Justiça, alegando que o FGTS seria prejudicado pela desapropriação.
Embora o projeto de engenharia da obra ainda não tenha sido apresentado, a expectativa é que o novo estádio possa comportar cerca de 70 mil torcedores, com um investimento previsto de quase R$ 2,5 bilhões. A diretoria do Flamengo planeja concluir a construção do empreendimento até 2029.
Assim, a reunião entre Paes, Lula e demais autoridades mostrou-se como um passo importante para a resolução do impasse em torno da construção do estádio do Flamengo, trazendo esperança de um desfecho positivo para o caso.