A origem dessa lei remonta ao Projeto de Lei (PL) 2229/21, de autoria do então deputado Alexandre Padilha (SP), que atualmente ocupa o cargo de ministro das Relações Institucionais. A proposta passou pela Câmara dos Deputados no ano passado, contando com um parecer favorável do relator, deputado Alencar Santana (PT-SP). Posteriormente, o Senado também aprovou a iniciativa no início deste ano.
Em sua defesa da proposta, Padilha argumentou que a criação de um Dia Nacional do Funk serve como uma importante institucionalização da cultura funk brasileira. Segundo ele, a celebração oficial dessa data abre espaço para discussões sobre políticas públicas que possam atender às necessidades das comunidades onde o movimento é mais pujante. “A cultura funk não apenas proporciona lazer nas periferias, mas também gera renda e oportunidades para seus participantes”, afirmou o ministro.
A sanção desta lei é um reconhecimento oficial da relevância cultural e social do funk no Brasil, um gênero musical que frequentemente encontra resistência e preconceito nas esferas mais elitistas da sociedade. Ao designar um dia específico para sua celebração, espera-se que haja uma maior valorização e compreensão da complexidade e da importância desse movimento cultural, que tem suas raízes fincadas profundamente nas comunidades urbanas do Rio de Janeiro e se espalhou por todo o país.
Vale destacar que o Baile da Pesada, o evento homenageado pela nova lei, foi um dos primeiros eventos a reunir jovens ao som dos novos ritmos que começavam a surgir na época, servindo como catalisador para a popularização do funk. Desde então, o movimento evoluiu e se diversificou, conquistando um lugar de destaque na cultura musical brasileira contemporânea.
Dessa forma, o Dia Nacional do Funk promete não só celebrar o passado e a história desse movimento, mas também projetar suas futuras conquistas, desafiando estigmas e promovendo uma maior inclusão cultural.