Neste encontro, marcado para a manhã de hoje, estarão presentes os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Fazenda, Fernando Haddad, que na semana passada estavam em viagem internacional e foram representados pelos secretários-executivos de suas pastas. Além deles, participarão o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e os líderes do governo no Senado, Congresso e Câmara.
A decisão de retomar as reuniões de coordenação política às segundas-feiras foi tomada após as recentes derrotas do governo no Congresso. Os parlamentares derrubaram vetos importantes, o que levou Lula a se comprometer a participar mais ativamente da articulação política. Agora, o governo terá que decidir sua posição em relação ao projeto que proíbe delações premiadas de réus presos, uma proposta cercada de polêmicas e controvérsias.
O texto, apresentado em 2016 pelo então deputado Wadih Damous e resgatado recentemente, terá o apoio de lideranças do Centrão e da bancada do PL, partido do ex-presidente Bolsonaro, o que levanta suspeitas de que a medida possa beneficiar o atual presidente. Deputados do PT acreditam que este não é o momento oportuno para votar o projeto, temendo que Bolsonaro saia favorecido.
Diante desse cenário, o governo enfrenta desafios políticos e estratégicos que poderão influenciar significativamente o rumo das relações entre Executivo e Legislativo nos próximos meses. A participação ativa de Lula e a retomada das reuniões de articulação política sinalizam uma tentativa de superar as dificuldades enfrentadas e buscar um maior alinhamento com o Congresso. Resta aguardar os desdobramentos dessas ações e as possíveis consequências para o cenário político nacional.