Um dos pontos centrais de sua fala foi a crítica às sanções secundárias impostas pelo Ocidente à Rússia, argumentando que essas medidas não apenas atingem o país alvo, mas também prejudicam as economias dos membros do BRICS. Lula afirmou que a introdução de restrições extraterritoriais prejudica instituições e limita o comércio entre nações amigas, descrevendo essa estratégia como uma tática de “dividir para reinar”. O presidente enfatizou a importância da união entre os países do bloco, sugerindo que, em tempos de crises globais, a cooperação deve prevalecer sobre ações unilaterais.
Além disso, Lula defendeu a soberania digital, levantando preocupações sobre a interferência estrangeira em plataformas digitais desregulamentadas, um tema que ganha cada vez mais relevância em um mundo interconectado e vulnerável a ciberataques. Ele reiterou a necessidade de garantir um ambiente digital seguro e regulado para todos os países, assegurando que seus interesses sejam preservados.
Na sequência, o presidente Xi Jinping expressou concordância com a posição brasileira sobre a crise ucraniana, declarando que a busca por uma solução realista deve incluir o respeito aos interesses de todas as partes envolvidas. Ele destacou que o BRICS está em posição de resistir às turbulências que permeiam a cena internacional, promovendo um desenvolvimento sustentável e duradouro. Xi também incentivou os membros a fortalecer a cooperação em áreas como comércio, finanças e ciência, crendo que essa união resultará em benefícios para todos os integrantes.
O evento, convocado pelo Brasil, reitera o papel crescente do BRICS no cenário global e ressalta a importância da colaboração entre países que, juntos, buscam enfrentar desafios comuns e legitimar suas vozes em um mundo marcado por divisões e instabilidades.
