Antonio Carlos, que ocupa a função de suplente da 4ª Secretaria da Mesa Diretora, está em uma situação delicada. Conforme o regimento interno do partido, a sua permanência no cargo pode estar ameaçada caso ele decida se desligar do PL. No centro da controvérsia, está a crítica do deputado à recente inclusão de Moraes na lista do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos Estados Unidos e no site do Departamento do Tesouro. Para Rodrigues, tal atitude é “o maior absurdo da minha vida política”, evidenciando sua convicção de que Moraes é um dos mais respeitados juristas do Brasil.
O clima interno no PL também é tenso. O presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, manifestou preocupação com a posição de Rodrigues e sinalizou uma pressão crescente entre os membros do partido. Ele argumentou que a situação exige um enfoque diplomático, afastando-se de quaisquer posturas que possam ser interpretadas como “populismo barato”. A declaração de Costa Neto sugere que a questão é mais do que uma simples divergência de opiniões, refletindo uma luta por direção e princípios dentro do PL.
Este episódio evidencia as divisões que atravessam o cenário político nacional e levanta questões sobre como as alianças e as posturas políticas podem ser moldadas por pressões externas e internas. O desdobramento desse caso poderá ter um impacto significativo não só na carreira de Antonio Carlos Rodrigues, mas também nas dinâmicas do próprio PL e no relacionamento deste com figuras fundamentais da administração pública e do Judiciário.