O documento destaca a importância da soberania alimentar como um pilar para erradicar a fome, enfatizando a necessidade de garantir o direito ao acesso à terra e à água. As organizações defendem um modelo de produção agrícola que priorize práticas agroecológicas e a preservação ambiental. Além disso, a declaração critica o descompromisso de muitos países desenvolvidos em enfrentar as mudanças climáticas, apontando que os mesmos problemas que afetam a pobreza e a desigualdade estão interligados às questões ambientais.
Neste contexto, o texto aponta que a transição energética deve ser orientada por princípios de justiça social, promovendo condições equitativas para todas as comunidades, especialmente as mais vulneráveis. Isso inclui a luta contra a pobreza energética e o racismo ambiental, além da necessidade de um amplo esforço de educação ambiental e participação social.
Outro aspecto abordado na declaração é a reforma da governança global, que enfatiza a promoção da justiça fiscal como um meio crucial para alcançar o desenvolvimento sustentável. Neste sentido, o documento sugere a implementação de uma taxação progressiva para os super-ricos, com a destinação dos recursos arrecadados para financiar políticas sociais e ambientais.
Após a entrega do documento, Lula também se reuniu com António Guterres, secretário-geral da ONU, em sua primeira reunião bilateral à margem do G20, que ocorrerá nos dias 18 e 19 de novembro. O encontro serviu para discutir a agenda da cúpula do G20 e os preparativos para a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), que acontecerá em Baku, no Azerbaijão.
Com estas iniciativas e reuniões, Lula busca fortalecer o papel do Brasil no cenário internacional, promovendo uma agenda que priorize a justiça social e ambiental em um momento crucial para as discussões globais.