Em um discurso cheio de fervor, Lula declarou: “Quando o presidente Trump resolveu gritar com o Brasil, os vira-latas desse país queriam que eu rastejasse atrás do governo americano. E eu aprendi com minha mãe analfabeta: nunca abaixe a cabeça. Se o pobre abaixar, eles colocam uma cangaia e você nunca mais consegue levantar”. Essa afirmação ecoou uma postura firme em defesa da soberania nacional, enfatizando que o respeito começa pela própria postura diante das relações internacionais.
O evento, que teve lugar em Maragogipe, Bahia, visava anunciar investimentos significativos na indústria naval. Durante seu discurso, Lula reiterou a importância da altivez no trato com outras nações, afirmando que “ninguém respeita quem não se respeita”. Essa afirmação ressoou como um recado claro sobre a necessidade de o Brasil manter sua dignidade e independência nas relações internacionais.
O presidente também se referiu a uma conversa telefônica que teve com Donald Trump na última segunda-feira (7), relatando que o diálogo durou cerca de 30 minutos e foi cordial. Lula citou Trump dizendo: “Lulinha, pintou uma química entre nós”, ressaltando a importância de estabelecer conexões pessoais na política. O presidente, por sua vez, não hesitou em solicitar a revogação das tarifas que afetam as exportações brasileiras e designou ministros para iniciar negociações diretas com autoridades norte-americanas em Washington.
O discurso de Lula reflete um posicionamento que busca reafirmar a soberania do Brasil, ao mesmo tempo em que abre portas para um diálogo construtivo com a administração atual dos Estados Unidos, evidenciando a complexidade das relações diplomáticas em um mundo cada vez mais interconectado.