Em sua fala, Lula enfatizou que o processo judicial envolvendo os acusados de tentativas de golpe no país é uma responsabilidade inalienável da Justiça brasileira e que, em quaisquer circunstâncias, não haverá espaço para ameaças ou interferências vindas do exterior. O presidente sublinhou a importância da autonomia nacional, reafirmando que o Brasil não permitirá ingerenças que possam comprometer seu sistema democrático e a segurança jurídica.
Lula também fez um apelo em defesa das plataformas digitais e do conteúdo que circula nelas. Ele manifestou a repulsa do governo aos discursos de ódio, racismo, pornografia infantil, fraudes e quaisquer manifestações que violem os direitos humanos. Para ele, a liberdade de expressão não deve ser um escudo para práticas violentas ou agressores, e é essencial que as empresas, sejam elas nacionais ou estrangeiras, se alinhem às leis brasileiras ao operarem no território nacional.
Além disso, o presidente contestou informações sobre o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Ele mencionou que os dados fornecidos pelo governo norte-americano indicam um superávit de 410 bilhões de dólares para os EUA nos últimos 15 anos, uma cifra que contraria certos discursos que tentam deslegitimar as relações comerciais entre os dois países.
Por fim, Lula deixou claro que qualquer intento de aumentar tarifas de maneira unilateral será tratado em conformidade com a legislação brasileira de Reciprocidade Econômica. Essa postura reafirma a prioridade da soberania nacional e os interesses do povo brasileiro na formulação da política externa do país. A mensagem pondera criticamente sobre o papel do Brasil no cenário internacional, buscando respeitar sua autonomia em um contexto global frequentemente marcado por disputas e desconfianças.