O governo acredita que a proposta de transporte gratuito não só beneficiará diretamente a população, mas também pode fomentar o consumo em outras áreas da economia. Para dar suporte a essa ideia, Lula solicitou ao Ministério da Fazenda a realização de um estudo de impacto, que avaliará as implicações econômicas da redução ou eliminação das tarifas de transporte. Entre as questões a serem analisadas está o potencial redirecionamento dos gastos das famílias com transporte público para consumo em outras áreas, estimulando assim o crescimento econômico.
Além disso, há um argumento adicional: a gratuidade no transporte pode ajudar a controlar a inflação, visto que os custos de transporte são um componente do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isso quer dizer que a isenção das tarifas poderia refletir de modo positivo nos índices de inflação, favorecendo uma política econômica que busca estabilidade e controle de preços.
Entretanto, o governo é consciente da complexidade de tirar essa proposta do papel antes que as leis eleitorais proíbam novos projetos. O tempo pode ser uma barreira, mas a implementação de um transporte público gratuito em um contexto democrática, como o brasileiro, representa uma mudança significativa e potencialmente popular, especialmente considerando os desafios financeiros enfrentados pela população.
Com essas estratégias, a gestão de Lula busca não apenas atender a uma demanda social, mas também posicionar-se favoravelmente em um cenário eleitoral competitivo para os próximos anos, almejando conquistar a simpatia dos eleitores por meio de medidas que afetam diretamente suas vidas. O governo se movimenta, preparando o terreno para um embate eleitoral que promete ser intenso e repleto de debates sobre economia e inclusão social.