Lula enfatizou a necessidade de uma atuação coordenada no combate ao crime organizado, que, segundo ele, está “destruindo famílias brasileiras”. O presidente defendeu a importância de uma colaboração estreita entre os diferentes níveis de governo — União, estados e forças de segurança — para enfrentar a criminalidade de maneira mais eficaz e humanizada.
Durante suas declarações, ele mencionou um pacto estabelecido entre o governo federal e o estado do Rio, que visa criar um escritório emergencial para facilitar a comunicação e a troca de informações entre as entidades responsáveis pela segurança pública. Essa iniciativa é vista como um passo positivo, especialmente após os eventos trágicos que marcaram a operação, que notoriamente focou na facção criminosa conhecida como Comando Vermelho (CV).
Além disso, Lula voltou a citar a proposta de emenda à Constituição (PEC) voltada para a segurança pública, que se encontra paralisada no Congresso desde abril. Essa proposta busca não apenas uma maior integração entre as polícias, mas também políticas nacionais mais efetivas para o enfrentamento do crime. A urgência da PEC está agora em evidência, na esteira das consequências da operação recente, que expôs a falta de coordenação entre as esferas federal e estadual. Essa lacuna tem levantado questões sobre os limites da letalidade das ações policiais, bem como o uso político das operações de segurança no estado carioca.
Com a violência em ascensão e a crescente insatisfação da população, Lula conclamou a sociedade a não aceitar a continuidade da destruição causada pelo crime organizado. A busca por uma resposta mais estruturada e menos letal às ações de combate ao crime se torna uma prioridade no atual cenário, levando a uma reflexão necessária sobre os caminhos que o Brasil deve trilhar para garantir a segurança da população.
