O aumento das tarifas por parte dos Estados Unidos se deu no contexto de uma política protecionista promovida por Trump, que, segundo ele, visa corrigir desigualdades comerciais que prejudicariam a indústria americana. Essa decisão, que não prevê exceções, levanta uma série de preocupações, especialmente entre os produtores de aço e alumínio, que temem um aumento nos custos e na inflação.
Lula também destacou que os Estados Unidos mantêm um superávit comercial em relação ao Brasil, vendendo mais produtos e serviços do que compram. Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de metais para os Estados Unidos, com vendas que totalizaram 4,08 milhões de toneladas, representando 15,5% do total importado. Essa relação comercial, segundo Lula, é bastante equilibrada, o que reforça a ideia de que o Brasil não deveria ser tratado de forma desigual em relação a outras nações.
Com as novas tarifas previstas para entrarem em vigor nas próximas semanas, o governo brasileiro já se prepara para tomar medidas caso a situação não se resolva de maneira amigável. A expectativa é que um estudo sobre as relações comerciais dos EUA com cada país, a ser concluído até o dia 1º de abril, influencie as futuras interações. Lula reafirmou sua posição de que o Brasil não busca contenciosos com os Estados Unidos, mas que, se agredido, responderá à altura, reiterando a importância de relações comerciais justas e mutuamente benéficas.