Lula enfatizou sua confiança no trabalho de Galípolo, ressaltando a necessidade de ações bem fundamentadas para conseguir atender a novas demandas econômicas que possam surgir. Segundo ele, as medidas necessárias foram adotadas para garantir a integridade da nova regra fiscal e que o governo seguirá vigilante em relação à necessidade de ações futuras. Vale destacar que Galípolo assume a presidência do Banco Central em um momento delicado, onde a taxa de juros no Brasil se encontra em patamares elevados, após ajustes realizados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para conter a inflação e estabilizar o mercado financeiro.
A gestão anterior do Banco Central, sob Roberto Campos Neto, foi marcada por tensões com o governo devido a decisões polêmicas em relação às taxas de juros, que impactaram o cenário econômico nacional. A alta da taxa de juros, atualmente em 12,25%, foi uma resposta a fatores como a valorização do dólar, flutuações no mercado global e incertezas locais em relação à inflação. A nova abordagem de Lula, prometendo não interferir nas políticas monetárias, pode indicar um novo caminho para o diálogo entre o governo e a instituição responsável pela política econômica do país.
Essa postura de não ingerência pode ser um passo significativo para a restabelecimento da confiança em um ambiente econômico que já enfrenta desafios consideráveis. Com a nova gestão no Banco Central e a promessa de preservar sua autonomia, o governo pretende garantir um espaço propício para ações que visem a recuperação econômica e o fortalecimento das finanças públicas brasileiras.