Lula responsabilizou a falta de fiscalização e a ineficácia da Aneel, assim como a atuação da concessionária Enel, pela grave crise energética enfrentada pela cidade. O presidente argumentou que a recente instabilidade não foi causada por fenômenos naturais, mas sim pela falta de manutenção e gestão inadequada por parte da empresa responsável. “Aqui em SP não foi um problema da natureza. Choveu, choveu, choveu, mas se as árvores estivessem cortadas, se a Enel tivesse sido responsável, tudo seria diferente”, enfatizou Lula, sugerindo que uma fiscalização mais rigorosa poderia ter evitado a tragédia.
Ele também comentou que muitos dos diretores atuantes nas agências reguladoras foram nomeados durante o governo anterior, mencionando especificamente a gestão de Jair Bolsonaro. Lula declarou que está em processo de substituir esses diretores por pessoas comprometidas com as necessidades da população. O atual diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, permanece no cargo até agosto de 2027, mas o governo já planeja enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional para modificar essa situação.
Adicionalmente, a Aneel emitiu uma intimação à Enel, que poderá levar à caducidade do contrato de concessão da empresa, em resposta a um relatório que evidenciou falhas e transgressões na prestação de serviços. Essa ação reflete a crescente insatisfação com a qualidade da energia fornecida e a capacidade de resposta da empresa diante de crises. Durante o evento, a carreata programada para Lula e Boulos foi cancelada devido à forte chuva, mas a discussão sobre a crise energética continua a ganhar destaque na agenda política da cidade.