Lula Pede a Ministros Que Evitem Ataques em Campanhas Eleitorais Municipais



Em uma reunião ministerial realizada nesta quinta-feira no Palácio do Planalto, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva dirigiu-se aos seus auxiliares com um aviso importante: não devem subir em palanques ao lado de candidatos que ataquem o governo federal nas eleições municipais. Segundo testemunhas presentes, no segmento fechado do encontro, o líder petista foi enfático ao destacar que, se os ministros decidirem se envolver em campanhas municipais, têm a obrigação de defender a atual gestão.

Durante a reunião, Lula deixou claro que sua participação nas eleições de outubro será limitada, embora não tenha especificado em quais pleitos estará envolvido. Ele também orientou seus ministros a evitar confrontos com candidatos que pertencem à base aliada. Para ilustrar seu ponto, Lula citou sua própria conduta nas eleições em São Paulo, destacando que, ao visitar a cidade, elogia Guilherme Boulos (PSOL), mas se contém de criticar tanto Tabata Amaral (PSB) quanto Jose Luiz Datena (PSDB). Vale ressaltar que o PSDB não faz parte da base governista.

Lula também mencionou seu comportamento em relação ao atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que recebe apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Nem do prefeito de São Paulo eu falo mal”, afirmou o presidente, conforme relataram os participantes da reunião. Essa postura pode ser interpretada como um indicativo de sua estratégia mais ampla de manter uma posição de não agressão com figuras de oposição, possivelmente visando à estabilidade política e governamental.

De maneira enfática, Lula recomendou que seus ministros sigam o mesmo comportamento nas próximas eleições de outubro, evitando criar divisões internas que possam enfraquecer a coesão da base governista. Esse conselho reflete uma abordagem cautelosa e estratégica de Lula, que parece estar focado em garantir que a administração federal não seja politicamente prejudicada por conflitos eleitorais em nível municipal.

Essa postura de Lula sugere um equilíbrio delicado na gestão das relações políticas, reconhecendo tanto a necessidade de defender a administração federal quanto a importância de evitar desavenças desnecessárias com aliados potenciais e opositores respeitáveis. Ao adotar essa linha de ação, Lula busca fortalecer a coesão interna do governo e preservar pontes de diálogo político, fundamentais para a governabilidade em tempos de desafios e incertezas.

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