Lula interrompe férias de Haddad em resposta a pressão do mercado e alta do dólar, diante de desafios econômicos e reforma do Orçamento para 2025.



Em um movimento que reflete a pressão econômica atual, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu cancelar as férias do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A decisão foi tomada no último dia 6 de janeiro e ocorre em um contexto de intensificação das preocupações do mercado, que clama por novos cortes e medidas de contenção, especialmente diante da alta do dólar que recentemente ultrapassou R$ 6,30.

O cancelamento das férias de Haddad, que se estendiam até 21 de janeiro, demonstra a urgência da situação econômica do país e a necessidade de respostas rápidas por parte do governo. O ministro retornou imediatamente a Brasília para discutir estratégias com o presidente, destacando a importância da agenda econômica em um momento em que o Banco Central já interviu com leilões de divisas que custaram, até agora, R$ 329,7 bilhões e diminuíram as reservas internacionais em 7%.

Ainda em dezembro, o Congresso Nacional aprovou um pacote de medidas de corte de gastos, que visam economizar R$ 69,8 bilhões entre 2025 e 2026. No entanto, especialistas do mercado financeiro levantam dúvidas sobre a efetividade dessas medidas, apontando que o impacto real pode ser significativamente menor do que o esperado. Essa incerteza aumentou a pressão sobre o governo para encontrar soluções eficazes que coordenem recuperação econômica e sustentabilidade fiscal.

Após a reunião com Lula, Haddad se manifestou sobre o Orçamento de 2025, cujas propostas ainda não foram votadas e que poderão resultar em restrições financeiras logo no início do novo ano. Contudo, ele se mostrou otimista, acreditando que não haverá grandes repercussões adversas. No que diz respeito ao Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), o ministro afastou a possibilidade de aumento como uma solução para conter a valorização do dólar, citando um “estresse” global que, segundo ele, tende a se acomodar com o tempo.

Dessa forma, a expectativa gira em torno de como o governo brasileiro, sob a liderança de Lula e com Haddad à frente da Fazenda, conseguirá navegar por esse mar de desafios sem comprometer a estabilidade econômica e a confiança do mercado nas políticas públicas que estão sendo implementadas.

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