Galípolo terá que passar por uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que terá a autonomia para agendar a data do procedimento. Posteriormente, sua aprovação será necessária tanto pelos membros do colegiado quanto pelos senadores em plenário.
O indicado já atua como diretor de Política Monetária do BC e foi sabatinado pelo Senado para assumir essa posição no ano passado. Ele também foi um colaborador próximo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no primeiro semestre de 2023.
Foi o próprio Haddad que anunciou a indicação de Galípolo para a presidência do BC após uma reunião com o presidente Lula no Palácio do Planalto na última quarta-feira (28/8).
A lei de autonomia do BC, promulgada em 2021, estabeleceu mandatos fixos de quatro anos para o presidente e diretores do Banco Central, que não coincidem com o período de mandato do presidente da República. Com essa definição, Lula é o primeiro presidente a lidar com um presidente da autoridade monetária não indicado por ele nos anos de 2023 e 2024.
Campos Neto, criticado por Lula por manter uma taxa de juros considerada alta, foi nomeado durante o governo Bolsonaro e seu mandato se inicia em 2021 e termina em 2024. Ele foi alvo de críticas por votar usando uma camisa associada ao bolsonarismo e por sua proximidade com políticos aliados do ex-presidente.
Em entrevista, Campos Neto justificou o jantar que teve com Tarcísio Gomes de Freitas, afirmando que foi um reconhecimento para o Banco Central.
O futuro de Galípolo como presidente do Banco Central depende agora da aprovação do Senado e da confirmação de sua sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos.