O primeiro compromisso de Lula foi com o presidente panamenho, José Raúl Mulino, em sua segunda visita ao Brasil, após uma viagem oficial ocorrida em agosto. Durante a reunião, os mandatários revisitaram os avanços das relações bilaterais desde o último encontro, destacando a assinatura de um contrato significativo: o Panamá adquiriu aeronaves da Embraer, reconhecida fabricante brasileira.
Além disso, um dos frutos mais importantes desse relacionamento é a adesão do Brasil ao Tratado sobre a Neutralidade do Canal do Panamá, um instrumento que reafirma a soberania do Panamá sobre a passagem estratégica entre os oceanos Atlântico e Pacífico. O acordo já foi formalmente assinado por Lula e enviado para aprovação no Congresso Nacional.
Lula também confirmou em suas redes sociais que aceitou o convite para visitar o Panamá no dia 28 de janeiro de 2025, quando participará do Fórum Econômico Internacional da América Latina e Caribe, reforçando o compromisso com a cooperação internacional e o aprofundamento das relações entre os países.
Em seguida, antes de deixar Foz do Iguaçu, o presidente brasileiro teve um encontro com o uruguaio Yamandú Orsi. Os dois discutiram a iminente licitação para a dragagem da hidrovia Uruguai-Brasil, que visa facilitar o transporte entre os países. Além disso, foi mencionada a expectativa para o início das obras de uma nova ponte, planejada para 2026, que deve fortalecer ainda mais a conectividade entre as nações.
Lula também manifestou a intenção do Brasil em firmar um acordo para a criação do Centro Brasil-Uruguai de Pesquisa e Inovação em Ciências da Vida, sublinhando o empenho brasileiro em fomentar a pesquisa e inovação na área da saúde e ciências biológicas. Após o encerramento da cúpula do Mercosul e os encontros bilaterais, Lula retornou a Brasília no final da tarde, trazendo consigo a perspectiva de avanços concretos nas relações internacionais com seus vizinhos.
