Lula exonera ministra da Saúde e nomeia novo titular: Alexandre Padilha substitui Nísia Trindade em decisão presidencial polêmica.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça-feira (25/2) a saída da ministra Nísia Trindade do Ministério da Saúde. Após uma reunião entre o presidente e a ministra, foi confirmado que Alexandre Padilha, atual ministro das Relações Institucionais, assumirá o cargo de Nísia Trindade no dia 6 de março.

Lula agradeceu a Nísia Trindade em nota, reconhecendo seu trabalho e dedicação à frente do ministério. A decisão de substituir a ministra ocorreu após o presidente se reunir com o petista durante um evento onde foram firmadas parcerias para ampliar a produção de vacinas contra a dengue e outros investimentos em saúde. Questionado sobre a mudança no comando do Ministério da Saúde, Lula preferiu não comentar.

Segundo informações do Metrópoles, Lula já vinha considerando a troca no Ministério da Saúde devido à insatisfação com as entregas da pasta e a necessidade de melhorar a popularidade do governo. Além disso, o ministério é um dos que possui um dos maiores orçamentos da Esplanada e tem sido alvo de cobranças por parte dos partidos da base aliada, principalmente do Centrão, para promover mudanças que fortaleçam a interlocução com o Congresso e acelerem a aprovação de pautas importantes.

Nísia Trindade é a terceira mulher a ser demitida durante o atual governo de Lula, e esta é a oitava mudança no alto escalão desde o início do mandato do presidente. Outras substituições devem ser anunciadas nas próximas semanas, incluindo a entrada da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, em substituição ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo.

A gestão de Nísia Trindade no Ministério da Saúde foi marcada por crises, incluindo dificuldades na redução de mortes de indígenas da etnia Yanomami e altos índices de casos de dengue no país. O ministério também enfrentou críticas por questões relacionadas à vacinação, incluindo a revelação de que 10,9 milhões de vacinas com prazo de validade expirado foram incineradas, gerando impactos negativos na adesão da população aos imunizantes.

O Ministério da Saúde, ao ser procurado para comentar sobre o assunto, afirmou que as campanhas de desinformação afetaram a adesão da população às vacinas, mas garantiu que não há falta de imunizantes no país. Com a troca de comando no ministério, aguarda-se para ver como as mudanças afetarão a gestão e as políticas de saúde no Brasil.

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