O presidente abordou a necessidade de reeducar a visão global sobre a Amazônia. Segundo ele, não basta apenas solicitar que o Brasil mantenha as florestas; é fundamental criar condições para que as comunidades locais tenham acesso a recursos que lhes permitam preservar esse patrimônio inestimável. “Estamos forçando o mundo a enxergar a Amazônia sob uma nova ótica. Para manter a floresta em pé, é crucial fornecer sustentação econômica, educacional e em saúde às pessoas que cuidam dela”, afirmou.
A escolha da cidade de Belém como sede da COP30, a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas, foi outro ponto destacado por Lula. Ele ressaltou que o evento, que ocorrerá na próxima semana, representa uma oportunidade única para sensibilizar líderes globais sobre a importância da Amazônia e o valor das comunidades que lá habitam, apesar de críticas em relação aos custos de hospedagem na capital paraense.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também complementou os argumentos do presidente, sublinhando o papel vital que as famílias e comunidades amazônicas desempenham na conservação das florestas. Ela destacou a presença de extrativistas e artesãos na região, evidenciando seu estilo de vida que se entrelaça com a preservação ambiental. Para Silva, esses grupos demonstram como é possível conjugar desenvolvimento sustentável e dignidade, ao mesmo tempo em que contribuem para a bioeconomia local.
A mensagem de Lula e Marina ecoa a necessidade de uma ação conjunta e integrada entre nações, enfatizando que a Amazônia, além de ser um ecossistema essencial para o planeta, abriga culturas e modos de vida que merecem reconhecimento e proteção. Essa abordagem ampla é crucial para garantir que as florestas continuem a ser um recurso valioso por gerações futuras.
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