Lula destacou a relevância da interação entre os sherpas, que são representantes de alto nível dos países membros, e as trilhas de finanças, sugerindo que essa colaboração pode gerar resultados mais significativos e eficazes. “Fizemos um chamado à ação por reformas que tornem a governança global mais efetiva e representativa”, afirmou, evidenciando a necessidade de um maior diálogo com a sociedade através do chamado G20 Social.
Com um total impressionante de mais de 140 reuniões realizadas em 15 cidades brasileiras, o evento retratou o comprometimento do Brasil em ser um ator ativo nas discussões globais. Lula passou a presidência rotativa do grupo ao presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, exaltando a conexão histórica e cultural entre a América Latina e a África como aspectos essenciais para futuras colaborações. “Esta não é uma transmissão de presidência comum, é a expressão concreta dos vínculos que nos unem”, destacou o brasileiro.
Em um momento inspirador do seu discurso, Lula fez uma referência ao legado do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, ressaltando a importância da construção de um mundo justoe sustentável. “É fácil demolir e destruir; os heróis são aqueles que constroem. Vamos seguir construindo um mundo justo e um planeta sustentável”, salientou.
O texto final da Cúpula, divulgado na noite anterior, abordou temas cruciais, como o desenvolvimento sustentável e a urgência no combate às mudanças climáticas. Nessa linha, os líderes que participaram do encontro também celebraram a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que visa enfrentar a insegurança alimentar, um dos desafios mais prementes da atualidade. Além disso, os participantes reconheceram a necessidade de reformar a governança global, em especial no que diz respeito ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, enfatizando a importância de soluções multilateralmente acordadas para os problemas que afetem a comunidade internacional.