A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a crescer, interrompendo a leve melhora observada em abril. Segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Datafolha, o índice dos que consideram a gestão “ruim ou péssima” subiu para 40%, dois pontos acima do levantamento anterior. A oscilação está dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, mas consolida uma tendência de estagnação da popularidade do governo.
Já a taxa dos que avaliam o governo como “ótimo ou bom” recuou de 29% para 28%, também dentro da margem. A pesquisa ouviu 2.004 eleitores em 136 municípios do país, entre os dias 10 e 11 de junho.
Em abril, Lula havia apresentado sinais de recuperação, quando a desaprovação caiu de 41% (em fevereiro) para 38%, e a aprovação subiu de 24% para 29%. O novo levantamento, no entanto, foi o primeiro realizado após o escândalo envolvendo fraudes em descontos indevidos nas aposentadorias do INSS, o que pode ter contribuído para a piora na percepção popular.
O Datafolha também perguntou de forma direta se os entrevistados aprovam ou desaprovam o trabalho de Lula. A maioria, 50%, disse desaprovar, enquanto 46% responderam positivamente. Outros 3% não souberam ou preferiram não responder.
A pior marca de Lula em seu terceiro mandato foi registrada em fevereiro, no auge da chamada “crise do Pix” e da alta dos alimentos, quando a aprovação despencou para 24% e a reprovação alcançou 41%. Naquele momento, a oposição intensificou sua atuação nas redes sociais, explorando temas econômicos sensíveis à população.
Agora, com a repercussão do caso INSS, o Palácio do Planalto enfrenta novo desafio para reverter a imagem de desgaste — sobretudo diante da proximidade do ano eleitoral de 2026.
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