Lula e Trump se Reúnem na Malásia: Vice-Ministro Afirma Que Não Há Temas Proibidos na Discussão sobre América do Sul e Parcerias Econômicas

Neste sábado, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, abordou a iminente reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder dos Estados Unidos, Joe Biden, que está marcada para acontecer no próximo domingo na Malásia. O encontro bilateral surge em um cenário regional complexo, onde as tensões tarifárias e a crescente intervenção dos Estados Unidos na América do Sul, especialmente na Venezuela, tornam-se tópicos relevantes.

Alckmin afirmou que, durante a conversa, não haverá “temas proibidos”. Em coletiva de imprensa realizada em São Paulo, onde participava de um ato em memória do jornalista Vladimir Herzog, Alckmin expressou otimismo em relação ao diálogo entre os dois líderes. “A expectativa é positiva. É um encontro de dois líderes que têm a responsabilidade de defender seus países e reforçar a relação entre Brasil e Estados Unidos”, destacou ele, enfatizando que existe uma “avenida pela frente” para a cooperação.

O vice-presidente, que assume a presidência interina na ausência de Lula, mencionou que a pauta da reunião não se limita apenas às tarifas. “Estamos discutindo temas como data centers. Já existe uma medida provisória que fomenta a atração desses investimentos. Enquanto alguns estados americanos enfrentam restrições devido à falta de energia, o Brasil apresenta uma oferta abundante e renovável de energia, além de recursos minerais valiosos, como terras raras”, explicou Alckmin, indicando um vasto leque de possibilidades para parcerias que podem beneficiar ambos os países.

O encontro entre Lula e Biden ocorrerá à margem da 47ª reunião de cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), evento no qual ambos são aguardados como convidados. Já na Malásia, Lula expressou que está aberto ao diálogo, afirmando, “Espero que a reunião realmente aconteça. Meu objetivo é encontrar soluções”, e acrescentou que ainda não houve exigências específicas de nenhuma das partes. A expectativa é de que a conversa permita abordar os principais entraves e busque soluções conjuntas que reflitam a longa história de cooperação entre Brasil e Estados Unidos, que já dura mais de dois séculos.

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