Embora a equipe diplomática brasileira perceba o Departamento de Estado, sob a direção de Marco Rubio, como um dos principais entraves às boas relações, a decisão é de que esse será o canal inicial para fomentar as conversações. O governo brasileiro planeja enviar uma nota diplomática propondo uma conversa que pode ocorrer por telefone ou por videoconferência. Esse primeiro passo é visto como crucial para restabelecer laços e discutir questões de interesse mútuo entre os dois países.
Caso as tratativas sigam seu curso sem percalços, é esperado que a conversa entre Lula e Trump aconteça ainda em outubro. Contudo, a possibilidade de adiamentos ou até mesmo cancelamentos não pode ser ignorada, especialmente considerando o histórico recente de relações tensas. A realidade é que novas sanções impostas pelos Estados Unidos sobre autoridades brasileiras podem complicar ainda mais esse processo. Diplomatas brasileiros estão cientes de que, embora a chance de novas sanções seja considerada menor neste momento, ela permanece uma possibilidade que não pode ser completamente descartada.
Scholars e observadores do cenário internacional destacam que o gesto de abertura feito por Trump deve ser interpretado com cautela, uma vez que, logo antes desse aceno, o governo norte-americano anunciou sanções contra a esposa do ministro Alexandre de Moraes e contra o advogado-geral da União, Jorge Messias. Isso evidencia a fragilidade das relações e a necessidade de um manejo delicado nas comunicações entre as duas nações. O desdobramento dessa iniciativa será observado de perto, à medida que o Brasil busca não apenas melhorar sua imagem internacional, mas também fortalecer parcerias comerciais e políticas estratégicas em um ambiente global cada vez mais polarizado.