Haddad enfatizou que desde o anúncio de aumentos tarifários, um fluxo significativo de informações começou a circular, o que o leva a acreditar que as atuais adversidades não se prolongarão. “Não vejo motivo para que essa tensão persista”, declarou o ministro durante uma entrevista à TV Record, ressaltando a importância histórica da relação bilateral.
Durante a conversa, Lula abordou questões delicadas, como a necessidade de reavaliar as sanções impostas a alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que incluem a suspensão de vistos e a aplicação da Lei Magnitsky. Além disso, o presidente brasileiro sugeriu a reabertura do diálogo sobre tarifas que impactam produtos brasileiros. O vice-presidente Geraldo Alckmin descreveu o encontro como “bom, descontraído, longo e proveitoso”, ressaltando a expectativa de avançar em investimentos mútuos e encontrar soluções para a problemática tarifária.
O Itamaraty, por sua vez, destacou que o diálogo foi uma oportunidade para restaurar laços amigáveis e reforçou que o Brasil mantém um superávit na balança de bens e serviços com os Estados Unidos. Em uma movimentação em direção à continuidade das discussões, Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com a equipe brasileira, que conta com Alckmin, Haddad e o chanceler Mauro Vieira.
Ambos os presidentes manifestaram a intenção de se encontrar pessoalmente em breve, com oportunidades previstas para a Cúpula da ASEAN e a COP30, que ocorrerá em Belém. Este cenário de cooperação traz esperanças de um futuro mais amigável entre as duas nações, ressaltando a importância de manter um diálogo aberto e produtivo. A expectativa é que esses esforços resultem em um ambiente positivo para o comércio e a diplomacia entre Brasil e Estados Unidos.