Segundo informações divulgadas pelo Palácio do Planalto, Lula e Maduro discutiram questões relacionadas aos dois países, incluindo a realização de eleições presidenciais na Venezuela no segundo semestre deste ano. Maduro assegurou ao presidente brasileiro que foi articulado um acordo com partidos da oposição e que observadores internacionais irão acompanhar e auditar o processo eleitoral.
Outro ponto abordado na conversa foi a cooperação para combater o garimpo ilegal nas terras do povo yanomami, que abrangem os territórios do Brasil e da Venezuela. A questão territorial de Essequibo, disputada entre Venezuela e Guiana, não foi discutida durante a reunião entre Lula e Maduro.
Em dezembro de 2023, os presidentes Maduro e Irfaan Ali, da Guiana, assinaram uma declaração conjunta comprometendo-se a não usar a força um contra o outro na disputa pelo território. Essa medida foi adotada após a Venezuela realizar uma consulta popular que aprovou a incorporação de Essequibo, região disputada há mais de um século.
O Brasil, que faz fronteira simultânea com Guiana e Venezuela, reforçou a presença de tropas militares em Roraima e defendeu a resolução do conflito por meio de diálogo mediado. Um eventual conflito militar entre os países vizinhos representaria uma ameaça ao território brasileiro em Roraima.
Após a reunião, Maduro afirmou aos jornalistas que o encontro com Lula foi muito positivo e serviu para fortalecer a cooperação entre as duas nações. Lula também teve uma reunião com o presidente da Bolívia, Luis Arce, onde discutiram a ampliação do comércio, investimentos em infraestrutura e a prospecção de gás natural no território boliviano.
Esses encontros demonstram a importância do diálogo entre os líderes latino-americanos para fortalecer as relações bilaterais e buscar soluções conjuntas para questões de interesse mútuo. A busca por cooperação e entendimento é fundamental para promover o desenvolvimento e a estabilidade na região.
